26 de agosto de 2019

Saudade

De repente senti saudades de mim.

26 de julho de 2013

QUINO

ABAIXO A SOCIEDADE DE CONSUMO

SINGIN' ALONE

Arnaldo Baptista, ex-lider da banda Os Mutantes, relança o seu álbum Singin" Alone , de 1982. Deve aportar nas lojas da província em agosto. Quem quiser uma palhinha:http://www.deezer.com/br/album/6769064

9 de julho de 2011

FREI BETTO - VORACIDADE CONSUMISTA

Para o filósofo Edgar Morin, a ciência, ao buscar autonomia fora da tutela da religião e da filosofia, extrapolou os próprios limites éticos, como a produção de armas de destruição em massa. Os cientistas não dispõem de recursos para controlar a própria obra. Há um divórcio entre a cultura científica e a humanista.
Exemplo paradigmático desse divórcio é a atual crise econômica. Quem é o culpado? O mercado? Concordar que sim é o mesmo que atribuir ao computador a responsabilidade por um romance de péssima qualidade literária.
Um dos sintomas nefastos dos tempos em que vivemos é a tentativa de reduzir a ética à esfera privada. Fora dela, tudo é permitido, em especial quando se trata de reforçar o poder e aumentar a riqueza. Obama admitiu torturar os prisioneiros que deram a pista de Bin Laden, e não houve protestos com suficiente veemência para fazê-lo corar de vergonha.
A globocolonização, inaugurada com a queda do Muro de Berlim, conhece agora sua primeira crise econômica. E ela explode no bojo da fragmentação da modernidade. “Tudo que é sólido se dissolve no ar...” Vale acrescentar: “... e o insólito, no bar”.
Esfareladas as grandes narrativas que norteavam a modernidade, abre-se amplo espaço ao relativismo. O projeto emancipatório se dilui no terrorismo e no assistencialismo compensatório guloso de votos. O futuro se desvanece.
Para os arautos do neoliberalismo, “a história terminou”. O presente é, hoje, o moto perpétuo. O passado, mera evocação, como a pintura que se contempla na parede de um museu. Nada de querer acertar contas com ele.
Graças às novas tecnologias, o espaço se contraiu e o tempo se acelerou. O outro lado do mundo está logo ali, e o que lá ocorre é visto aqui em tempo real. Tudo isso impacta nossos paradigmas e nossa escala de valores. Paradigmas e valores soam como contos da carochinha comparados a ensaios de bionanotecnologia.
O mundo real se cindiu e não condiz com o seu duplo virtual. Via internet, qualquer um pode assumir múltiplas identidades e os mais contraditórios discursos. Agora, todos podem ser simulacros de si mesmos.
Não há mais propostas libertárias que fomentem utopias, nutrem esperanças e semeiem otimismo. Ao olhar pela janela, não há horizonte. O que se vê reforça o pessimismo: o aquecimento global, a ciranda especulativa, a ausência de ética no jogo político, a lei do mais forte nas relações internacionais, a insustentabilidade do planeta.
Se não há futuro a se construir, vale a regra do prisioneiro confinado à sua cela: aproveitar ao máximo o aqui e agora. Já não interessam os princípios, importam os resultados. O sexo se dissocia do amor como os negócios da atividade produtiva.
A cultura do consumismo desencadeia duas reações contraditórias: a pulsão pela aquisição do novo e a frustração de não ter tido tempo suficiente para usufruir do “velho” adquirido ontem... A competitividade rege as relações entre pessoas e instituições. Somos todos acometidos de permanente sensação de insaciabilidade. Nada preenche o coração humano. E o que poderia fazê-lo já não faz parte de nosso universo teleológico: o sentido da vida como fenômeno, não apenas biológico, mas sobretudo biográfico, histórico.
Agora a voracidade consumista proclama a fé que identifica o infinito nos bens finitos. O princípio do limite é encarado como anacrônico. Azar nosso, porque todo sistema tem seu limite, da vida humana ao mercado. Sabemos por experiência própria o que acontece quando se tenta ignorar os limites: o sistema entra em pane. Mas, em se tratando de finanças, não se acreditava nisso. A riqueza dos donos do mundo parecia brotar de um poço sem fundo.
Duas dimensões da modernidade foram perdidas nesse processo: a dignidade do cidadão e o contrato social. Marx sabia que a burguesia, nos seus primórdios, era uma classe revolucionária. O que ignorava é que ela de tal modo revolucionaria o mundo, a ponto de exterminar a própria cultura burguesa. Os valores da modernidade evaporam por força da mercantilização de tudo: sentimentos, ideias, produtos e sonhos.
Para o neoliberalismo, a sociedade não existe, existem os indivíduos. E eles, cada vez mais, trocam a liberdade pela segurança. O que abastece este exemplo singular de mercantilização pós-moderna: a acirrada disputa pelo controle do mercado das almas. As religiões tradicionais perdem seus espaços territoriais e o número de fiéis. Agora, no bazar das crendices, a religião não promete o céu, e sim a prosperidade; não promete salvação, e sim segurança; não promete o amor de Deus, e sim o fim da dor; não suscita compromisso, e sim consolo. Assim, o amor e o idealismo ficam relegados ao reino das palavras inócuas. Lucro e proveito pessoal são o que importam.

Frei Betto é escritor, autor de “Cartas da Prisão” (Agir), entre outros livros.

28 de junho de 2011

JAGGER NO BRASIL

Sérgio Motta, Mick Jagger e Big Boy na Joatinga, em 1976, quando o Stone veio se esbaldar no Brasil. Big Boy, pra quem não conheceu foi um DJ famosíssimo da década de 1970, morto prematuramente. A foto é do livro Sexo, Drogas e Rolling Stones de José Emilio Rondeau e Nelio Rodrigues.


5 de junho de 2011

EDUARDO GALEANO

RUPTURAS

Rigoberta Menchú, filha do povo maia, que é um povo de tecelões, adverte que estamos "com a esperança num fio".

E assim é. Num fio. No manicômio global, entre um senhor que acha que é Maomé e outro senhor que acha que é Búfalo Bill, entre o terrorismo de atentados e o terrorismo da guerra, a violência nos está destecendo.

2001


Do livro O teatro do bem e do mal

LP&M Pocket

30 de maio de 2011

30 DE MAIO - DIA DAS BANDEIRAS

Quanta falta me faz o Glauco!!!!!

DARCY BIBEIRO




"Por muitos anos estivemos na condição dos índios xavantes, que, ao aprenderem a utilizar machados de aço, não mais puderam prescindir deles e se viram atados a seus fornecedores. Estamos novamente caindo no risco de subordinação, representada pela dependência de normas e de saber técnico".

PRIMAVERA



“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.”



Cecília Meireles

COLETIVO MONSTRA



Purgatório, Paraiso e Inferno é o nome da mostra com o trabalho dos oito artistas que compõem o Coletivo Monstra, no Sobrado Dr. José Lourenço (rua Major Facundo, 154 - Centro de Fortaleza). Vai até 31 de julho. E a entrada é gratuita. Vamo lá, negada!!!