Quando pus os olhos no disco Lágrimas Negras de Bebo & Cigala, gostei logo da capa. O desenho rústico, mas muito forte, de lágrimas descendo de olhos aparentemente femininos. Um preto e branco belíssimo.
Ouvindo o CD, outra surpresa. Um disco raro e insólito, onde o cantor espanhol Diego El Cigala, com um vozeirão gitano, canta boleros e músicas afro-cubanas, com fortíssima base flamenca. Sua interpretação flui entre Havana e a Andaluzia, dentro da idéia de se fazer um disco experimental para demonstrar que é possível encontrar elementos comuns na música popular espanhola e na iberoamericana.
Ouvindo o CD, outra surpresa. Um disco raro e insólito, onde o cantor espanhol Diego El Cigala, com um vozeirão gitano, canta boleros e músicas afro-cubanas, com fortíssima base flamenca. Sua interpretação flui entre Havana e a Andaluzia, dentro da idéia de se fazer um disco experimental para demonstrar que é possível encontrar elementos comuns na música popular espanhola e na iberoamericana.
Tudo isso, sob a batuta do extrordinário pianista cubano Bebo Valdés, vencedor de dois Grammys por Sabor de Cuba, que impõe o feeling da sua música, própria da ilha. O disco inclui uma interpretação muito bacana de Eu sei que vou te Amar, com a participação de Caetano Veloso. E Paquito D’Rivera dá o ar de seu sax na faixa título.
Músicos maravilhosos à parte, grande interpretação de Vete de Mi, só com a voz de Dieguito El Cigala e o piano de Bebo Valdés. Três minutos de pura dor de cotovelo.
Melhor finalizar transcrevendo do encarte (muito bom, por sinal): ‘Este disco, antes que um experimento, é um gozo esplêndido e surpreendente(...) cujo premeditado e maléfico propósito não é outro, a não ser, fazer em pedaços o coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário