31 de julho de 2009
DIA MUNDIAL DO ORGASMO
28 de julho de 2009
SOBRE A FEIÚRA
DEU NA NET: PORNO-CHACHA NA ESPANHA
Anúncios do tipo "gostaria de conhecer moça que goste de se exibir enquanto realiza tarefas domésticas. Pago por hora", surgem em vários jornais da Espanha, que está com uma taxa de desemprego em torno de 20%.
Os brasileiros com resquícios do escravagismo adorariam essa idéia.
CARTÃO CULTURA
SARAIVA MEGASTORE
Agora vou deixar de gostar um pouco menos do Iguatemi.
CLAUDIO TOZZI NO SESC-SENAC
DESENHO DO MESTRE
A VOLTA DO QUE NÃO FOI
Estou de volta após uma semana de férias (só!?) na Serra de Ibiapaba e em Mundaú, pois ninguém é de ferro.
17 de julho de 2009
SEMANA DE FÉRIAS
Comunico que vou interromper a postagem deste blogue, até o dia 27 de julho, pois entrarei em férias.
Amanhã subirei a Serra Ibiapaba onde me deliciarei com as aprazíveis cidades de Ubajara, Tianguá e cercanias.
Uma semana de merecido repouso.
Até logo mais.
MAYSA
Maysa
onde estás noel?
que não escutas
os plagios das tuas musicas
que se ouvem por ai
frequentaste tanto tempo
a academia de melodia
e samba não se faz de amizade
ou simpatia
o samba agora criou
outro estilo
sambista só sabe sambar
pra granfino
e a favela agora ponto
de turista
de society de artista
e a poesia acabou
vem noel
vem fazer a serenata
tua musica faz falta
e ninguém nunca igualou
TRILOGIA PROCRIADORA
Pablo Neruda
MAYSA 2
13 de julho de 2009
JAIME LERNER : METRÔ NÃO É A ÚNICA SOLUÇÃO
"Um dos grandes equívocos na discussão dos problemas das cidades no mundo inteiro é a polarização entre a opção pelo carro ou pelo metrô no enfrentamento dos desafios da mobilidade urbana.
Com o crescimento do número de carros nas ruas, alimenta-se o imaginário popular com a ideia de que a solução seria a ampliação da infraestrutura viária, como viadutos e vias expressas, e o consequente aumento de grandes estacionamentos - subterrâneos ou não, e a adoção de toda a parafernália que acompanha a opção pelo automóvel com as metodologias de engenharia de trânsito.
Para contrabalançar isso, vende-se a ideia de que só o metrô poderia resolver essa confusão fenomenal. E aí aparecem os 'vendedores' de sistemas enterrados a abastecer a mente dos prefeitos com essa solução(...)
Mas afinal, é bom o metrô? É ótimo! Contudo, não se pode esquecer que construir uma nova rede completa de metrô já não é mais possível para as cidades de hoje. Londres, Paris, Moscou, Nova York possuem redes extensas, mas que tiveram sua construção iniciada a 100, 120 anos atrás, quando os custos de se trabalhar no subsolo eram mais baratos.
Hoje, uma metrópole como São Paulo, por exemplo, tem 4 linhas mas 84% dos deslocamentos são em superfície.(...)
Na minha opinião, os sistemas em superfície têm a vantagem de, com as características corretas (tais como canaletas exclusivas, embarque em nível e pré-pago e frequência elevada que chamamos de BRT, Bus Rapid Transport), alcançar um desempenho similar ou maior que o metrô subterrâneo por um custo que é acessível a todas as cidades e com uma implantação muito mais rápida. Ainda, há que se considerar a utilização de veículos individuais associados aos demais elementos da rede pública de transporte, como é o caso das bicicletas (o Velib) em Paris. O que o grupo de 'vendedores' não te conta é a quantidade imensa de recursos necessários para implantar uma única linha subterrânea que, contando todos os estudos, pode levar 20, 30 anos para ser construída. Ainda, sua operação terá que ser subsidiada, e aí recursos que se destinariam à educação, saúde, atenção à criança irão para o brejo (...).
Curitiba transporta 2,3 milhões de passageiros/dia em seu sistema em superfície, mais ou menos o mesmo que o metrô de São Paulo, ou o metrô e o trem de subúrbio do Rio de Janeiro, juntos. (...)
Mas por que então alguns excelentes prefeitos embarcam nesse 'metrô furado', ou no furo para o metrô? Porque precisam anunciar ideias para pessoas que têm seu imaginário alimentado por idealizações. Seria o equivalente a te prometer a Angelina Jolie e te entregar o Clint Eastwood. E quem estimula isso: tecnocratas que contribuem para a deterioração dos sistemas de superfície pela má operação, visando apressar a "necessidade" de um metrô. Por outro lado, cerca de 83 cidades do mundo como Seul, Bogotá, Cidade do México, Los Angeles, algumas delas maiores que São Paulo, estão implantando o que eles chamam o BRT de Curitiba.
País subdesenvolvido é aquele que importa como última novidade o obsoleto.
ANIVERSÁRIO DO JOÃO
DIA MUNDIAL DO ROCK
10 de julho de 2009
JOGOS INDÍGENAS
De acordo com dados estatísticos o Ceará possui hoje mais de vinte e dois mil índios. Se os descendentes de índios, fossem mais facilmente identificáveis, assim como os negros, e não houvesse tanta vergonha de ser índio, a história seria bem diferente.
AUTOESTIMA CEARENSE
No segundo dia de debates do Forum Autoestima Cearense, realizado quarta e quinta passadas chegou-se à conclusão que 'o cearense tem uma elevada autoestima. Contudo, ainda desconhece bastante fatos importantes de sua história', de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Gerp.
Isso é facilmente identificável nas piadas pró-ceará do dia a dia e nas conversas de bar. Salve Manoel Jacaré, Dragão do Mar, Raimundo Cela e Antônio Bandeira. E Rachel de Queiroz, Chico Anísio, Renato Aragão, Zé Pinto, Mané Bofão, Burra Preta, Zé Tatá, Aldemir Martins, José de Alencar, Victor Hanover.....7 de julho de 2009
DEU NO JORNAL : ASA BRANCA ABATIDA
Esta casa, onde o compositor viveu, hoje, faz parte do Parque Aza Branca, comprado pelo rei do baião na década de 70.
É memorial, com objetos pessoais do artista: sanfonas, fotos, armas, trajes. Também é seu mausoléu, da mulher e dos pais.
A administração do Parque é feita pela ONG Parque Aza Branca, hoje proprietária de maior parte da propriedade.
Lua merece melhor sorte.
Com a palavra, os senhores da cultura do país.
A BELEZA E O GROTESCO
Domingo pela manhã, eu de bobeira em casa, curtindo aquela preguiça que aparece no dia seguinte a um show maravilhoso da Maria Rita. Sentadão no sofá zapeando defronte a televisão. De repente, o susto. Um negócio altamente brega aparece diante de meus olhos. Simpatizante da molecagem cearense, deixei-me ver por alguns segundos tal coisa.
Alguns segundos, pois a falta de qualidade, de qualquer elemento civilizado, de um mínimo de bom gosto, não me permitiu permanecer por mais tempo naquele calvário, por maior que fosse a preguiça. Imagine a cena: Um locutor de rádio fazendo um programa de televisão só falando palavrões, acompanhado por uma trupe de artistas de circo de horror. Uma mulher com várias arrobas de peso, usando uma roupa colada, fazendo-se de gostosa, com a saia cobrindo metade das ancas. Dois ‘travestis’ famintos e mais sei-lá-o-que, dentro de um estúdio que parece mais um depósito. Acho mesmo que aquilo deve ser televisionado no depósito da empresa.
Uma palavra define: GROTESCO. Se o humor alencarino é isso, é o caso de se chorar ao invés de rir. Dá vergonha de ser cearense.
Felizmente, o homem criou o controle remoto. Dois cliques e me vejo diante do Sr. BRASIL, com Rolando Boldrim. Alívio. Existe inteligência na televisão.
Estava se apresentando, neste programa, a cantora Adriana Peixoto, filha de Araken Peixoto, célebre trompetista, e sobrinha de Cauby Peixoto. Aquele mesmo do vozeirão. Pois a Adriana segura legal a honra da família. Uma voz muito bem colocada, bons músicos acompanhando e um repertório bem bacana. Some-se a isto um papo muito agradável com o apresentador, emérito contador de ‘causos’.
O próximo convidado: Lenine. Como é agradável ouvir este nosso vizinho. Me surpreendeu a desenvoltura com que ele e o Boldrim iam discorrendo ‘causos’ e letrinhas nordestinas, além de teoria musical.. Em dado momento desta entrevista falou que gosta mesmo é de viajar, e que resolveu ser músico para realizar essa vontade. Se esmerou o rapaz. O Lenine não é só mais um compositor e cantor. Ele realmente entende de música. Nota-se ali um estudioso do que faz.
Ao fim do programa, o placar beleza dez, falso humor em forma de baixaria zero.
6 de julho de 2009
MARIA RITA NO COCÓ
Gosto do trabalho dela desde o primeiro CD, apesar de ouvir com mais freqüência o último Cd, Samba Meu. Na capa e no disco, uma mulher sensual, bem resolvida. Maria Rita está mais para ‘I just wanna make love to you’ do que para ‘ninguém me ama, ninguém me quer’. E foi com o espírito de ver essa diva que foi assistir ao show.
Só que, confesso, não esperava tanto. O que entrou no palco não foi uma mulher. Foi um furacão, que deixou as não-sei-quantas mil pessoas que estavam lá, totalmente atordoadas, maravilhadas, embasbacadas. Pela primeira vez, em tempos, pude chamar uma mulher de gostosa sem ser repreendido. Até porque as mulheres da platéia também estavam achando a mesma coisa.
Um micro vestido prateado sobre uma obra prima de Deus, montada num sapato com aquele salto, próprio para espetar coração. E ela conseguia andar e dançar sobre eles. Quer dizer, sobre nossos corações. E desliza, e desliza ao som de Samba Meu, Tá Perdoado e Maria do Socorro.
A Márcia, amiga que estava do nosso lado durante o show, comentou que ‘uma coisa muito legal é um bom produto ser bem apresentado’. Concordo plenamente. O fato de ela crescer em berço musical, ter um coreógrafo e um diretor de show excelentes, ser acompanhada de músicos maravilhosos e ter uma cozinha de roads, iluminação e som competentíssima, só faz abrilhantar seu trabalho. A apresentação perfeita de uma cantora perfeita.
Valeu, Maria Rita. Você é uma pessoa diferenciada.
DE BOB DYLAN A AVIÕES DO FORRÓ
Bob Dylan foi chamado de ‘traidor’ pelos fãs mais ortodoxos do folk, porque teve a coragem de eletrificar o seu violão. Estamos na primeira metade da década de sessenta, quando, até então, a música ‘caipira’ americana só era tocada por violões acústicos.
A escolha de incorporar elementos do incipiente rock’n’roll , valeu-lhe a repulsa dos mais ortodoxos, mas impulsionou sua carreira em áreas menos ‘country’ americanas, na Europa e daí para boa parte do mundo. Hoje, o cantor é reconhecido mundialmente como referência de música de qualidade e ainda é porta voz do povo americano, principalmente aquele ‘mais pro oeste’ que ele quis retratar desde o início da carreira. Em outras palavras, ele universalizou-se sem perder as origens.
Fenômeno igual, ou seja a modernização musical, já havia ocorrido no jazz e no blues. A música acompanha a evolução tecnológica, incorpora o que lhe convém e se universaliza.
No Brasil, na década de setenta aconteceu mais ou menos a mesma coisa. O samba eletrificou-se nas mãos de Jorge Ben, Banda Black Rio, Antônio Adolfo, para não falar de outros. A música do morro ‘comprou’ elementos do rock e do soul, surgindo o Samba-Rock. Ainda temos o fenômeno Tim Maia que, se você reparar bem, misturou uma pitada bem boa de samba e MPB ao soul. Não é à toa que é tão bom. O maior representante, ou o mais conhecido, do Samba-Rock de hoje é Seu Jorge. Seu último trabalho é interessante demais.
Aqui do ladinho, em Pernambuco, o Mangue-beat. Suassuna me perdoe, mas a eletrificação da música tradicional nordestina e a colocação de elementos do pop, em momento nenhum, no meu entender comprometem a qualidade de sua música. Na cola do Chico Science, que viajou fora do combinado, tem uma pá de gente fazendo música com base nordestina e um pé no pop. Entre eles, eu prefiro o Lenine.
Sábado passado quem foi ao Parque do Cocó foi brindado com uma agradável surpresa. Uma banda de Samba-rock , ‘Grovital’, que abriu o show da Maria Rita. O som da banda botou a galera prá dançar. Foi mais de uma hora de puro divertimento.
Agora, chegou a vez dos ‘Aviões’. Me lembro de ouvir o forró eletrônico pela primeira vez nos anos noventa. Era uma febre de Mastruz com Leite e Forró Maior. De lá pra cá, no meu entender o inverso da história. Alencária tem uma péssima mania de vez por outra botar o seu bonde na contramão. O bonde do ‘forró-pop-love-romântico’ (sic) está tão na contramão que daqui a pouco vai descarrilhar, se Deus quiser. A qualidade da música que toca no rádio, principal veículo de divulgação, é de uma falta de qualidade mastodôntica. As letras não beiram o ridículo. São ridículas. Na maior parte só falam de futilidades ( Ih, choveu/O cabelo encolheu...), ou sexo pago (Dinheiro na mão/Calcinha no chão). Não que eu ache que seja proibido ter momentos de futilidade ou de sexo sem compromisso na vida. Mas, até prá isso é preciso ter charme. E isso, essas sub-bandas de música ruim definitivamente não têm.