5 de fevereiro de 2009

UM BELO SENHOR




Em 05 de fevereiro de 1921, portanto há exatos 88 anos, aconteceu a primeira apresentação de “O Garoto”, longametragem de Charles Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 – Corsier-sur-Vervey, 25 de dezembro de 1977).

Um filme básico e obrigatório para todo amante do cinema, conta a história de uma mãe solteira que abandona o filho, por não poder mantê-lo, e por ironias do destino a criança acaba encontrada por um vidraceiro fuleragem, como se diz aqui na Loira desposada do Sol. Daí para frente são risos e lágrimas e sua vida nunca mais será a mesma.

Inicialmente imaginado para ser um curta, acabou consumindo um ano de gravações e tem sua versão final com 88 minutos. Entre as várias cenas antológicas, duas particularmente mudaram a forma de se fazer cinema: o sonho do vagabundo, onde todas as pessoas são anjos e quando o os agentes do serviço social tentam tomar-lhe o garoto. Não dá para assistir sem ficar com um nó na garganta. Historiadores de cinema vêem referências autobiográficas no filme. Chaplin teve uma infância paupérrima. Posteriormente, em 1920,seu filho com Mildred Harris, morreu três dias após o nascimento. Acredito mesmo, que não se faz uma obra tão forte e tão universal, se não se coloca o coração nela. E o coração dele estava todinho ali. Nem tento imaginar o que Chaplin sentia e pensava nas horas em que ficava somente na companhia de seu travesseiro, durante o tempo que durou a filmagem.

Bem, caros amigos-leitores, não ficarei aqui, tentando inventar algo de inédito a escrever sobre esse ícone do século XX. Só me resta dizer, feliz aniversário, The Kid e obrigado por existir.

Mais miolo

2 comentários:

  1. grande paulão,

    dentre as diversas situações hilariantes do filme, alternadas com o drama do garoto abandonado, uma das mais gozadas é a perseguição da polícia.
    e, como sempre, nos seus filmes, a força da ordem é levada ao ridiculo.
    bom demais.

    valeu, paulão!

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  2. Ah, quanta emoção! Assisto chaplin desde criança, quando todos os primos ficavam a frente da televisão com meu avô, que saudade dele também..., apresentando com orgulho as palhaçadas desse gênio. Ainda bem que grandes obras como essa são eternas!

    Obrigado Paulão, pela lembrança.

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