Ontem, 30 de março, comemoramos mais uma primavera (64 anos) de um autêntico sobrevivente. Eric Patrick Clapton tinha, e fez, de tudo para “não vingar”. Só aos nove anos de idade, descobriu que sua ”irmã” era, na verdade, sua mãe. Filho não assumido de um romance passageiro entre sua mãe e um soldado americano, foi criado pelos avós, como filho.
Quando ganhou um violão aos treze anos, achou que não tinha jeito prá coisa, só não desistindo, porque a música era a única fuga de seus dramas internos. A isso, some-se a paixão que ele nutria pelo blues.
Meu primeiro contato com sua música foi lá pelos 72/73. Chegou às minhas mãos, via o troca-troca de discos que havia na época o bolachão duplo do Derek and The Dominoes: Layla And Assorted Love Songs. Eu, me convalescendo de uma viuvez dos Beatles, fiquei totalmente apaixonado por aquele som. Nada como um amor prá substituir outro. A partir daí, buscando em discos e revistas, cheguei aos Yardbirds (1963), Jonh Mayall & The Bluesbrakers (1965), Cream (1966).
John Mayall, um cara bem família, meio caretão, tentou dar a Clapton um sentido melhor à sua vida, já encharcada de drogas e álccol. Mas, você ser chamado de Deus –“Clapton is God”, nos metrôs de Londres- aos vinte anos e no auge da experimentação de drogas...
Quando ganhou um violão aos treze anos, achou que não tinha jeito prá coisa, só não desistindo, porque a música era a única fuga de seus dramas internos. A isso, some-se a paixão que ele nutria pelo blues.
Meu primeiro contato com sua música foi lá pelos 72/73. Chegou às minhas mãos, via o troca-troca de discos que havia na época o bolachão duplo do Derek and The Dominoes: Layla And Assorted Love Songs. Eu, me convalescendo de uma viuvez dos Beatles, fiquei totalmente apaixonado por aquele som. Nada como um amor prá substituir outro. A partir daí, buscando em discos e revistas, cheguei aos Yardbirds (1963), Jonh Mayall & The Bluesbrakers (1965), Cream (1966).
John Mayall, um cara bem família, meio caretão, tentou dar a Clapton um sentido melhor à sua vida, já encharcada de drogas e álccol. Mas, você ser chamado de Deus –“Clapton is God”, nos metrôs de Londres- aos vinte anos e no auge da experimentação de drogas...
Peter Towshend, líder da banda The Who, batalha junto ao amigo para tirá-lo das drogas, realizando um concerto pro´-Clapton : o “Raimbow Concert” (1973).
Em 1976, quando entrei na Universidade, eu já estava totalmente siderado. Clapton, Hendrix, Doors e Joplin. Um pouco atrasado, mas, lembre-se, caro leitor, naquela época não havia internet. Importação de discos, só quando uma tia ou um amigo ia para a Europa ou Estados Unidos, e uma repressão filha dum militar, que controlava até o que a gente ouvia.
Meu amadurecimento coincide com notícias de seus dramas e revezes. Drogas, depressões, casamentos fracassados. Durante a década de 80, muito preocupado em batalhar meu espaço no mercado de trabalho, deixei um pouco de lado as revistas de música. Até porque estavam pop demais. Comprei em sebos vários discos usados. Gostei muito de Just One Night (duplo, ao vivo) e Bluesbrakers and Eric Clapton.
Em 91, morre seu filho Connor, de quatro anos, caindo de uma janela de apartamento.
Ressurge, mais uma vez, das cinzas em 1991 e 1992 com o cd duplo 24 Nights e o cd MTV Umplugged, vencedor do Grammy. Grava com o mestre B.B. King (Riding with The King), um disco sensacional. Em 2001, vou à cidade maravilhosa assistir a seu show no Sambódromo.
Depois, o disco Me and Mr. Johnson, com músicas de Robert Johnson, e o caseiro Back Home, onde Eric se mostra um homem feliz por estar em casa. Incluindo, no encarte, uma foto sua com a esposa e as tres filhas num quarto de criança. Em 2006, Road to Escondido, com J.J. Cale. Volta às origens.
Eric Clapton sobreviveu às drogas, aos casamentos fracassados, à bebida, à depressão. Hoje é um senhor bluesman, meio surdo, meio cego, o corpo combalido devido a tantos excessos. Suas preocupações atuais são sua família, sua música e o seu Crossroads Centre em Antígua, um Centro Internacional de Excelência para o tratamento dos efeitos do álcool e de outras drogas.
Longa vida a Eric Clapton (na quartinha).
Em 1976, quando entrei na Universidade, eu já estava totalmente siderado. Clapton, Hendrix, Doors e Joplin. Um pouco atrasado, mas, lembre-se, caro leitor, naquela época não havia internet. Importação de discos, só quando uma tia ou um amigo ia para a Europa ou Estados Unidos, e uma repressão filha dum militar, que controlava até o que a gente ouvia.
Meu amadurecimento coincide com notícias de seus dramas e revezes. Drogas, depressões, casamentos fracassados. Durante a década de 80, muito preocupado em batalhar meu espaço no mercado de trabalho, deixei um pouco de lado as revistas de música. Até porque estavam pop demais. Comprei em sebos vários discos usados. Gostei muito de Just One Night (duplo, ao vivo) e Bluesbrakers and Eric Clapton.
Em 91, morre seu filho Connor, de quatro anos, caindo de uma janela de apartamento.
Ressurge, mais uma vez, das cinzas em 1991 e 1992 com o cd duplo 24 Nights e o cd MTV Umplugged, vencedor do Grammy. Grava com o mestre B.B. King (Riding with The King), um disco sensacional. Em 2001, vou à cidade maravilhosa assistir a seu show no Sambódromo.
Depois, o disco Me and Mr. Johnson, com músicas de Robert Johnson, e o caseiro Back Home, onde Eric se mostra um homem feliz por estar em casa. Incluindo, no encarte, uma foto sua com a esposa e as tres filhas num quarto de criança. Em 2006, Road to Escondido, com J.J. Cale. Volta às origens.
Eric Clapton sobreviveu às drogas, aos casamentos fracassados, à bebida, à depressão. Hoje é um senhor bluesman, meio surdo, meio cego, o corpo combalido devido a tantos excessos. Suas preocupações atuais são sua família, sua música e o seu Crossroads Centre em Antígua, um Centro Internacional de Excelência para o tratamento dos efeitos do álcool e de outras drogas.
Longa vida a Eric Clapton (na quartinha).
Ouça/veja o DVD Crossroads Guitar Festival.
Leia Eric Clapton – A Autobiografia.