31 de março de 2009

CHORA, PALHAÇO


Todos os palhaços do Brasil devem estar chorando a morte de Ankito. Nome artístico de Anchizes Pinto, considerado um dos cinco maiores nomes das chanchadas, esses maravilhosos filmes da década de 50.
De família circense, era filho do palhaço Faísca e sobrinho do famoso palhaço Piolim. Aos sete anos, Ankito estreou no palco de um circo como o palhaço Espoleta.
Atuou em shows no Cassino da Urca, como acrobata, ingressou no teatro, onde contracenou com Grande Otelo no show Bahia Mortal, participou do filme É fogo na roupa. Fez shows pelo Brasil com uma companhia de vedetes, em clubes e cinemas. Hoje, seria considerado um ator multimídea.
Com frequência, o ator era comparado a Oscarito, com quem nunca chegou a trabalhar. Ankito fez parceria com Grande Otelo em muitos filmes. Uma “dupla do barulho”, como se dizia naquela época.
Protagonizou 56 filmes, entre eles Três recutas, Marujo por acaso, Um candango na Belacap, Rei do movimento, O feijão é nosso, O grande pintor, Angu de caroço, O boca de ouro, Sai dessa recruta e Metido a bacana (reparou nos títulos sensacionais?)Fora da chanchada, participou dos filmes As cariocas, O Escorpião Escarlate e Beijo 2348/72.
Na televisão, fez parte do elenco da TV Tupi, da Record, da Bandeirantes e da Globo. N V~enus Platinada, além das participações nos humorísticos, fez parte do elenco de seis telenovelas. Participou da primeira versão do Sítio do Pica-pau Amarelo, onde fez os personagens Soldadinho de chumbo e o Curupira.
Ankito também trabalhou na séries Carga pesada, Amazônia - De Galvez a Chico Mendes, Sob nova direção e Engraçadinha, seus amores e seus pecados.
Atualmente era o personagem, Usinhor, do programa Zorra Total.
Ankito deixou a gente sem motivo para rir, aos 85 anos, 78 depois que Espoleta surgiu. Chorem palhaços, e hoje ao subir mo picadeiro, façam-nos rir mais do que o costume, pois precisamos de vocês.

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