10 de março de 2009

PAPAI ME EMPRESTA O CARRO


Lucien Reis, supervisor de equipe de uma empresa de operação de marketing em Porto Alegre (RS) descobriu que Lucien Lima, divulgador da mesma empresa, é seu filho.
A descoberta começou com a coincidência dos nomes. Aí, papo vai, papo vem, mostra de fotografias antigas, conversa do filho com a mãe... Confirmou-se a suspeita.
Resumindo o causo: O Lucien pai namorou com a mãe do Lucien filho. Quando esta se descobriu grávida, decidiu cuidar do pequerrucho sozinha, mesmo amando o namorado. Razões que nós, homens não temos capacidade de entender.
Daí, anos depois, a verdade se revela. O pai nem pensa em fazer teste de DNA. Assumiu o filho barbudo, que já passou com ele o Natal e alguns dias de férias. O pai adotou o próprio filho de 22 anos.

Pense numa estória invocada!
O marido chega em casa extenuado após a labuta diária. A mulher toda docinha, pergunta:
- Alguma novidade do trabalho, amor?
- Sim. Tenho um filho, de 22 anos, que trabalha comigo.
Imagino o que não passou pela cabeça dela.

O que achei interessante, nesse acontecimento, foi a aparente alegria do encontro. Seria até fácil de se imaginar mágoas, ressentimentos, ranger de dentes.
Mas, algumas pessoas parecem que têm um espírito elevado. Ao invés de ficar reclamando, jogando praga, os dois resolveram se entender como poucas pessoas civilizadas.
Lembro de um amigo que numa madrugada de bares, colidiu seu “batmóvel” com outro carro de motorista igualmente boêmio. Ao invés de socos e tapas foram ao bar mais próximo discutir sobre a “barruada” e acabaram amigos.
Não pense você, que eu defendo o mix de carro e bebida. Prefiro deixar o carro em casa e sair de táxi. È muito melhor. O que quero dizer, no exemplo acima, é que quando se procura ver os acontecimentos do dia sob uma ótica diferente da desgraça, a vida fica mais leve. Quantas oportunidades se perdem numa cara amarrada, tipo “ninguém me ama”, o mundo não presta.
Às vezes me pego prestando atenção nos movimentos do Pequeno João. Quando recebe um não inesperado, seu emburramento não demora 20 segundos. A vida é muito rápida para se perder tempo com tristezas.
Meus parabéns Lucien, pai e filho (na quartinha).

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