11 de março de 2009

UM BELO FILME



Quando penso em filme tipo “Sessão da Tarde”, aqueles que saudamos seu final com um leve sorriso, me vem a imagem, ou as imagens, de Cantando na Chuva (1952).
Após receber um Oscar especial por "versatilidade como ator, cantor, diretor, e dançarino, e especialmente por sua brilhante contribuição à arte da coreografia no cinema", devida à sua participação em Sinfonia de Paris (1951), que logrou seis estatuetas do Oscar de 1952, o ator e coreógrafo Gene Kelly co-dirigiu este filme sem grandes pretensões, com o então diretor estreante Stanley Donen.
O enredo é simples, apenas uma leve sátira aos primeiros tempos do cinema. Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são dois dos astros mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Com a chegada do cinema falado, Don e Lina precisam superar as dificuldades do novo método de se fazer cinema, para conseguir manter a fama conquistada. A solução é fazer um musical, que é só um mote para os vários quadros de dança, que tornam esse filme um manjar para os olhos.
Personagens que marcam ainda o filme. A docinha Kathy Selden (Debbie Reynolds, então com dezoito aninhos), por quem Dom se apaixona. O brincalhão Cosmo Brown (Donald O’Connor), compositor e amigo de Don. A participação mais que especial da desnorteadora Cyd Charise. Os duos entre Gene e Cyd, ainda hoje mechem com meu coração. Imagino como foi na época. Depois daquelas pernas, a Sharom Stone teve que ir à delegacia sem calcinhas, no horrível Instinto Selvagem.
A sequência de Lina, que não sabia cantar, dublando a novata Kathy, é ótima. Para você, caro leitor, não espalhar por aí, que não falei de uma das mais clássicas do cinema, Gene cantando na chuva, após beijar Kathy: É para assistir de joelhos. Tudo isso sob a chancela do mega-produtor de musicais, Arthur Fred, responsável pela autoria de todas as músicas do filme.
Então, DVD ligado, pipoca com seu refrigerante preferido, pernas sobre o puff e um sorriso nos olhos.

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