Querida leitora e/ou querido leitor,
Hoje, observando pela janela a chuva que teima em cair no meu Ceará, pensei em ler alguma coisa para distrair o tempo. Saquei o livro Pelas Praias do Mundo, de Pablo Neruda. Coincidência, ou não, abri aleatoriamente na página 42, no escrito Solidão dos Povoados, onde encontrei grifado por este que vos escreve o seguinte trecho:
“Chove sobre o povoado, a água baila dos subúrbios de Colaico até a encosta dos outeiros; o temporal corre pelas telhas, entra pelas quintas, nos campos de jogo; ao lado do rio, entre moitas e pedras, o tempo ruim povoa os campos de aparições de tristeza.
Chuva, amiga dos sonhadores e dos desesperados, companheira dos inativos e sedentários, agita, esfarela tuas borboletas de vidro sobre os metais da terra, corre pelas antenas e as torres, estatele-te contra as casas e os telhados, desmantela o desejo de agir e ajuda a solidão diante ou atrás das janelas, a solidão que solicita tua presença”.
Hoje, observando pela janela a chuva que teima em cair no meu Ceará, pensei em ler alguma coisa para distrair o tempo. Saquei o livro Pelas Praias do Mundo, de Pablo Neruda. Coincidência, ou não, abri aleatoriamente na página 42, no escrito Solidão dos Povoados, onde encontrei grifado por este que vos escreve o seguinte trecho:
“Chove sobre o povoado, a água baila dos subúrbios de Colaico até a encosta dos outeiros; o temporal corre pelas telhas, entra pelas quintas, nos campos de jogo; ao lado do rio, entre moitas e pedras, o tempo ruim povoa os campos de aparições de tristeza.
Chuva, amiga dos sonhadores e dos desesperados, companheira dos inativos e sedentários, agita, esfarela tuas borboletas de vidro sobre os metais da terra, corre pelas antenas e as torres, estatele-te contra as casas e os telhados, desmantela o desejo de agir e ajuda a solidão diante ou atrás das janelas, a solidão que solicita tua presença”.
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